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Compulsão alimentar

  • Foto do escritor: Juliana Miliatti
    Juliana Miliatti
  • 18 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

Na contemporaneidade, o corpo assume o lugar de capital (BOURDIEU, 1980), tornando-se lócus fundamental de investimentos, além de uma fonte, inequívoca, de sofrimento psíquico.

Neste sentido, a beleza deixou de ser um direito para transformar-se em um dever, solo fértil para o crescimento das chamadas Doenças da Beleza – uma das expressões contemporâneas do mal-estar vivido no corpo, observado através dos casos clínicos de dismorfia corporal e transtornos alimentares, cada vez mais frequentes. Atualmente, com uma taxa de incidência que equivale à 4,6% da população brasileira (DUCHESNE et al., 2007). Nos episódios de Compulsão Alimentar, a pessoa sente a necessidade de comer, mesmo quando não está com fome, não deixando de se alimentar apesar de já estar satisfeita. Ocorre, assim, a ingestão de uma grande quantidade de alimento, num período limitado de tempo, acompanhado da sensação de perda de controle sobre o ato. O sujeito não consegue controlar a quantidade, tampouco a forma como ocorre a ingestão da comida. Por essas razões, os episódios costumam ocorrer escondidos, sendo interrompidos, apenas, por fatores externos à vontade do sujeito, como no caso da chegada de alguém, do término dos alimentos ou mesmo pelo mal-estar físico decorrente do empanzinamento. Após a compulsão, são intensos os sentimentos de culpa, vergonha e tristeza (VIANNA, 2019).


A direção do tratamento analítico, ainda que centrada no sintoma, tem como objetivo ir além do seu desaparecimento, visando à elaboração do conflito subjacente a ele. Dentro dessa perspectiva, o sintoma é uma solução de compromisso entre o desejo inconsciente e a censura psíquica, ou seja, um representante desse conflito. Se eliminado, mas não resolvido, ele pode retornar ou ser substituído por outro diferente.


Monica Vianna

Joana de Vilhena Novaes

 
 
 

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